ABSTRACT
OBJETIVO: Avaliar como a implantação do sistema de lista única para transplantes de córnea influenciou um Banco de Olhos vinculado a um hospital escola. Analisar sua interferência nas córneas (captação e destino), no número de transplantes realizados e também na média de tempo de espera pela cirurgia. MÉTODOS: Foi realizado estudo retrospectivo, avaliando os prontuários dos pacientes submetidos a ceratoplastia penetrante e também os dados do Banco de Olhos da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - SP. O estudo comparou dados relativos ao funcionamento do serviço por um ano antes e após a criação da lista única. RESULTADOS: O número de cirurgias aumentou de 60 para 92 cirurgias. A média mensal de córneas retiradas aumentou de 13,83 ± 6,57 para 18,16 ± 4,80 (p=0,07). O número de córneas enviadas por esta instituição foi maior que o número de córneas recebidas de outros serviços (p=0,003). Não houve diferença significativa entre o tempo de espera pela cirurgia antes e após a criação da fila única (desconsiderando o período de cadastramento). CONCLUSÕES: Este Banco de Olhos funcionou como fornecedor de córneas para outras instituições. Após seu primeiro ano de funcionamento, a implantação da lista única não alterou o tempo de espera dos pacientes pela cirurgia. Apesar disso, evidenciou-se uma tendência à homogeneização do tempo de espera pela ceratoplastia penetrante entre os pacientes.
Subject(s)
Humans , Corneal Transplantation , Eye Banks , Keratoplasty, Penetrating , Tissue and Organ Procurement , Waiting Lists , Hospitals, Teaching , Retrospective Studies , Tissue DonorsABSTRACT
O baço pode aumentar de tamanho nas inflamaçöes com repercussöes sistêmicas e na congestäo venosa crônica, denominando-se respectivamente, hiperplasia reacional e esplenomegalia congestiva. Sendo a doença de Chagas uma doença infecciosa com repercussöes hemodinâmicas, possivelmente o baço responda nao só ao envolvimento cardíaco, como também ao processo inflamatório. O objetivo deste trabalho é avaliar comparativamente o peso do baço em chagásicos ou näo-chagásicos, com ou sem insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Em estudo retrospectivo foram coletados nos protocolos de necropsias de adultos, a idade, o sexo, a cor e o peso do baço. Os 88 casos selecionados foram divididos em quatro grupos: 1) chagásicos com ICC, 2) chagásicos sem ICC, 3) näo-chagásicos com ICC e 4) näo-chagásicos sem ICC. A idade média foi 44,9 ñ 15,4 anos, sendo 53,4 por cento brancos e 70,5 por cento do sexo masculino, näo havendo diferença significante destas variáveis entre os grupos. O peso do baço nos grupos com ICC foi de 183,7 ñ 85,9g para os chagásicos e de 206,3 ñ 101,0g para os näo-chagásicos. Nos grupos sem ICC o peso foi de 173,7 ñ 118,9g para os chagásicos e de 117,2 ñ 52,0g para os näo-chagásicos. O peso foi significantemente maior nos chagásicos sem ICC quando comparados aos näo-chagásicos sem ICC. Estes resultados sugerem que o componente inflamatório na doença de Chagas desempenharia papel importante no aumento do peso do baço, associado às alteraçöes hemodinâmicas decorrentes da ICC